Imagem capa - Vivi no Egito - FUI! por VIVIANE FONTES DE FREITAS
Viagens

Vivi no Egito - FUI!

No ano passado me permiti viver uma experiência diferente e um novo desafio, fui para o Egito!

Tudo começou quando uma amiga me apresentou a AIESEC, uma ONG Internacional que busca suprir algumas necessidades de vários países ao redor do mundo com o apoio de jovens voluntários. É uma proposta maravilhosa e que me deixava bem a vontade em pensar que viajar pro exterior com o suporte deles estaria bem próximo de se tornar uma realidade.

Fui em uma das reuniões da ONG onde eles apresentam os vários projetos em vários e vários países mas como eu não tinha sonho de ir pra nenhum lugar em específico, iria onde eu fosse mais útil, então eu falei: "eu sou fotógrafa, qual país precisa do meu trabalho?". Eles me disseram "O Egito". Bom, eu estaria viajando com vários benefícios, suporte, um preço muito mais em conta do que se eu fosse fazer uma viagem sozinha, roteiro pronto, aprimoraria meu inglês, ia trabalhar fotografando e meu trabalho ainda teria impacto sobre um país todinho. Então falei "é pra lá que eu vou!" e fui.





Dia 12 de Dezembro de 2017 eu estava indo para o Egito já com um grupo no whatsapp formado por uns 15 brasileiros que estavam indo pro Egito em dias diferentes, no aeroporto tinham mais uns 10 que iam no mesmo dia e no avião mais uns 12 indo para o mesmo lugar no mesmo vôo! Ah, e TODOS pela AIESEC. Eu já estava cercada de amigos e nem sabia.





Eu não sou uma pessoa que cria expectativas muito fácil em cima do que desconheço. E confesso que não procurei saber muito sobre tudo o que eu ia fazer ou encontrar por lá. Tudo o que eu sabia era que o meu projeto era o Explorer, eu e um grupo (formado por jovens de todo o mundo) viajaríamos por 10 cidades do Egito. Lá eu seria tipo uma turista fotógrafa voluntária que precisaria registrar os lugares por onde viajássemos para divulgar o país principalmente nas redes sociais e o intuito de tudo isso era incentivar o turismo que é parte vital da economia do país.





O nosso vôo tinha uma escala de dez horas em Marrocos. No aeroporto de lá uma mãe burocracia reina. O moço vira com cara de bravo pra você e pergunta o que você acha que está fazendo lá e "porque você foi?" (em inglês), sorte que eu já tinha treinado meu psicológico porque uma amiga contou antes que seria assim e tinhamos que responder com muita firmeza o porque estávamos lá, eramos voluntários indo a trabalho para o Egito.

E tudo o correu bem, para alguns, as meninas passavam por uma vistoria em uma cabine e a maioria dos meninos eram barrados mas não podíamos esperar por eles (já nas primeiras horas fora do nosso país todo brasileiro já é considerado amigo e a nossa prioridade é ajudar um ao outro o tempo todo).

Um aeroporto enorme e confuso demais, demoramos quase cinco horas entre achar o guichê da companhia aérea, encontrarmos a van e irmos para o hotel (que as companhias liberam para escalas muito longas).

Em Marrocos uma chuva de cair o céu e alagamento nas ruas. Duas horas depois já estaríamos voltando para o aeroporto para o vôo direto pro Egito. Eu que estava com mil planos para Marrocos só queria um chuveiro e uma cama antes do próximo vôo.





Chegando no hotel descobrimos que no Marrocos as pessoas só falam em fracês e em árabe, ainda bem que um moço que falava árabe estava com a gente na mesma van, indo pro Egito e pro mesmo hotel (ele tem família no Egito mas mora no Brasil), ele nos ajudou a conversar com os recepcionistas e a preencher o check in do hotel. Conseguimos pegar as últimas horas de almoço (sorte de novo) e tive meu primeiro contato com o banheiro com banheira e chuveiro de ducha e de chuveirão de mão, descansamos e fomos pro aeroporto rumo ao destino final. 





Voltando para o aeroporto, já de noite, mais algumas etapas de carimbos, checagens, tira sapato, passa no detector, coloca sapato, e ainda conseguimos um tempo para comer e conhecer uns aos outros um pouco mais, e também ter um pouco mais de contato com os muçulmanos.





Entre um vôo e outro, de São Paulo a Marrocos foram aproximadamente 9 horas, uma escala de 10 horas e mais aproximadamente 5 horas até o Egito. Fui pela Royal Air Maroc, e teve muita comida o tempo todo.

Chegamos no Egito em um grupo imenso de estrangeiros, passamos por mais um role burocrático mas pareceu até mais simples dessa vez, talvez porque já estava me acostumando. Depois de reunir toda a turma e verificarem nossas fichas com a ONG, pegarmos nossas malas e tudo mais, lá fora encontramos uns seis meninos da AIESEC nos esperando. Eles eram os responsáveis em nos levar até o lugar que seria nossa nova casa durante as seis semanas.


Era bem cedo, o sol estava nascendo, um céu maravilhoso nos recebendo, laranja, rosa e eu ainda começando a entender que estava lá, estasiada.









Já fui logo descobrindo que Cairo é na verdade chamada "A Cidade Marrom". Isso por que 90% dos prédios da cidade não são completamente acabado, com exceção apenas dos restaurantes, shoppings, e outros prédios comerciais.

Com mais tempo por lá nos contaram que isso acontece por conta de a prefeitura não cobrar impostos de casas inacabadas, tanto que nas cidades mais pobres como Luxor, Aswan (Assuão) e Siwa (Siuá) (que vocês verão nos próximos posts do blog) nós vemos muitas casas sem telhado. Resumindo: os prédios são construídos perfeitamente por dentro mas por fora continuam com uma "carinha" de inacabado e sem pintura apenas para não pagar os impostos.




Próximo post sobre a viagem mostra como foi o primeiro dia no Egito, primeira balada por lá, um pouco do shopping, outras descobertas, e a nossa primeira viagem como grupo Explorer pela ONG para Luxor.








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